Vocês também olham para uma casa abandonada e imaginam como a vida era ali? Quem eram e o que faziam seus moradores? Se foi habitada por uma única família desde sua construção, ou se muitas vidas e histórias deixaram suas marcas na aura da casa? 

• Na aura da casa, Karol? 

Sim! Quando fechamos os olhos para o que é esperado, plausível e normal, nos deparamos com histórias contadas em outros tempos, e se a rua não for barulhenta, parar e observar 

a aura dessas construções abandonadas pode ser um encontro com a imaginação. 

Vozes e sons gravados nas sombras e nas emendas cimentadas, entram e saem, cozinham, contam histórias, choram e riem, leem em voz alta. São tempos diferentes, 

mas iguais. Eu e o agora, estamos para o dia 

como o funcionário do moinho estava para sua época e sonhos: prontos, mas com algum tempo para imaginar. 

E eu juro que logo cedinho, senti o cheiro da cebola fritando, ouvi os barulhos da cozinha, iluminando a parte sombria da casa e fui logo convidando minha disposição para preparar sopa. 

Me senti em casa! 

Sopa de pupunha. 

Ingredientes: 

800 gramas de carne bovina de sua preferência picada grosseiramente (usei 400 g de músculo com osso e 400 g de paleta) 

1 cebola grande picada 

2 dentes de alho picados 

3 fatias finas de gengibre picadas 

200 gramas de batata baroa bem picadinha ou ralada (usei ralada pra garantir um 

caldinho dos bons) 

1 palmito pupunha descascado (o coração bem picado e o restante cortado em rodelas) 

Sal e tempero chimichurri para temperar a carne 

Azeite 

1 maço de rúcula picada grosseiramente 

Modo de preparar 

Tempere a carne com sal e o tempero chimichurri à gosto, e leve à panela de pressão com azeite para selar. Acrescente a cebola, o alho e o gengibre, frite bem. Junte a batata baroa e o pupunha picado, cubra com água quente, feche a panela e deixe cozinhar 

de 15 a 20 minutos depois de pegar pressão. 

Depois de abrir a panela, acerte o sal. Sirva com a rúcula picada e fatias de pão. 

Queria um sabor diferente da salsinha ou do cheiro verde, por isso escolhi a rúcula, acabou dando um sabor picante ao palmito que é mais doce. Da próxima vez vou tentar coentro. Mas acho que ao escolher a rúcula, acertei em cheio. 

Vênus tá em câncer mesmo, to meio Amélia. Mas, eu Amélia, sou de mentira 

Orlando Baumel

Chef de Cozinha, músico e sócio do site junto com a Carol. Casado, pai de 3 lindas garotas.

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