Orlando pediu que eu escrevesse sobre este duo, e isto faz com que eu conte um pouco da minha família do lado paterno.
Sou neta de polacos e pierogue com molho de cebola é como arroz e feijão para mim, combinação perfeita e inquebrantável.
Desde sempre, até o falecimento de minha avó Iaia (Janina), a família se reunia nas quartas-feiras para o almoço. Raramente não tinha pierogue, sempre feito por minha avó e quando ela já estava com idade mais avançada, era ajudada por minhas tias Mainha, Lucia e também pela Ny.
A massa era leve e o recheio podia variar entre batata com ricota ou repolho, mas o molho era sempre o maravilhoso molhinho de cebola. Tenho uma lembrança de, às vezes, usarem nata (os adultos) e também tinha quem colocasse o molho da carne de panela sobre eles.
Fui conhecer outras variações de molho para pierogue mais velha. Meu pai faz um delicioso com linguiça blumenau.
E afinal o que é este molhinho tão incrível? Cebolas picadas bem pequenas, fritas até um pouco além de dourar, numa porção generosa de óleo vegetal.
Elas ficam com uma textura crocantinha e um sabor adocicado… nossa!!!
Não precisa por nem sal, nem nada.
Para 3 dúzias de pierogues, eu uso 3 cebolas médias e um pouco mais que 300 ml de óleo de milho. Em uma frigideira frite as cebolas até passar um tiquinho do dourado.
Aí só jogar sobre os pierogues já cozidos.
Eu poderia terminar aqui esta história, mas tem um bônus, este é da parte do djadja (vovô) Estanislau.
Faça sempre um pouco a mais de pierogue e de noite (pois era sobra do almoço) pegue estes que sobraram, que ainda estarão envoltinhos no óleo da cebola, e frite rapidamente na frigideira.
O djadja deixava fazer uma casquinha crocante e oferecia aos netos, que eventualmente, ficavam até o fim do dia lá. Era uma delícia este momento, o sabor do pierogue e o carinho do avô.
- Fotos da família por João Urban.
- Os pierogues que a Dorinha utilizou, tão bons quanto os de sua avó, foram feitos por Dona Maria Lachowikz. Você pode encomendar pelo whatsapp 41 99922-8113.
Puxa, Orlando, fico comovida com este espaço tão generoso para uma mera diletante deste universo incrível que é a gastronomia.
Queria ainda pedir desculpas por não ter citado a pessoa que fez estes maravilhosos pierogues, tão bons quanto os de minha avó.
Se puder, deixa o crédito, amigo?
Obrigado a você. O OBA é seu. Dando os créditos dos pierogues já.
Sou tia da Dora pelo lado materno. Mas tive o privilégio de algumas vezes ser convidada para almoçar numa quarta-feira na casa da Dona Janina. Conheci e aprendi apreciar Pierogue com essa família, quase minha. Agora amo pierogue. ❤.
Que amoroso esse texto, anjinha! Como tudo que você faz!