A Nutricionista Maria Alice Maciel nos fala um pouco sobre prebióticos, probióticos e simbióticos. Vale demais a leitura.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), probióticos são micro-organismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefício à saúde do hospedeiro. Os probióticos promovem equilíbrio da microbiota intestinal (conjunto de micro-organismos que habitam no intestino), aumentando a resistência contra patógenos e estimulando a multiplicação de bactérias benéficas. A digestão também é facilitada quando há uma microbiota saudável.
Os probióticos tem habilidade de se aderir à mucosa e ali contribuem para aumentar a barreira protetora do trato gastrointestinal. Existem pré-requisitos para que o micro-organismo seja considerado probiótico, por exemplo, ser não-patogênico, seguro, resistente ao ácido e à bile, exercer atividade nutricional e antimicrobiana, etc.
Ele é catalogado pelo gênero, espécie e identificação alfa-numérica, ficando, então com uma nomenclatura definida. As espécies mais utilizadas são de Lactobacilus e de Bifidobactérias. (Fernandes, T.F. O ambiente hospitalar e a microbiota humana ). Importante ressaltar que a legislação brasileira exige que todos os produtos devem manter a eficácia e potência durante todo o período de armazenamento até que seja consumido e por tempo suficiente para provocar o efeito esperado no hospedeiro. E a quantidade e freqüência de uso? O uso deve ser diário e o tipo e quantidade devem ser direcionados ao efeito desejado.
Os prebióticos são definidos como substâncias alimentares, não digeríveis e absorvidas no intestino delgado, quando chegam ao cólon estimulam um grupo de bactérias da microbiota, trazendo uma resposta benéfica ao hospedeiro. Segundo a Organização Mundial de Gastroenterologia, o poder prebiótico de um nutriente depende da capacidade em resistir a quebra das enzimas do sistema digestório.
Resumindo, os probióticos são os seres vivos e os prebióticos são os ingredientes alimentares que servirão de alimentos aos probióticos (O ambiente hospitalar e a microbiota humana).
Exemplos de prebióticos: frutooligossacarídeos (FOS) e galactooligossacarídeos (GOS). Funções dos prebióticos: aumento do número de probióticos no cólon, aumento do peso fecal, produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) que ajudam a evitar a colonização de bactérias patogênicas e outras.
Eles estão presentes em alguns alimentos principalmente frutas e vegetais, por exemplo banana, cebola, chicória, alho-poró, alho, beterraba, aspargos, centeio, aveia, mel, açúcar mascavo, tomate, alcachofra, e outros (Marques, C.- Nutritotal). Chama-se de simbióticos os produtos que contenham pré e probióticos.
Disbiose intestinal é o desequilíbrio da microbiota intestinal, com aumento das bactérias nocivas e diminuição da imunidade. Várias podem ser as causas, uso excessivo de antibióticos, antiinflamatórios, laxantes, alimentos processados, stress, algumas doenças como câncer, desequilíbrio alimentar, tempo de trânsito intestinal, ph intestinal, e por aí vai. A simbiose portanto, é o equilíbrio, evitando obstipação e diarréia e promovendo uma melhor resistência e imunidade.
Mas afinal de que forma podemos conseguir esses benefícios na prática? Bom, a pessoa que come frutas e vegetais variados diariamente já está à frente com os prébióticos (veja as fontes acima). Você pode ingerir um iogurte ou um fermentado ou qualquer desses produtos com adição de lactobacilus todos os dias, obtendo, assim, algumas cepas desses microorganismos. Pode ser que já seja suficiente, mas para muitas pessoas, há necessidade de uma suplementação com produtos específicos. Nesse caso,se faz necessária uma orientação sobre quais produtos usar, de que forma e por quanto tempo.
É isso aí, vamos mergulhar fundo em direção à simbiose…
M. Alice Maciel Nutricionista
No OBA! > Pro, Pre e Simbióticos – http://t.co/knJ1jRGpAR > #postaday2013
UEBA! > Pro, Pre e Simbióticos – http://t.co/knJ1jRGpAR