Doces benefícios, com moderação.
A Nutricionista Maria Alice Maciel nos fala um pouco sobre este maravilhoso ingrediente.
MARAVILHOSO CHOCOLATE DOS DEUSES
Por que dos Deuses?… Na verdade, o cacau era utilizado no México pelos astecas, e mesmo com o sabor amargo era considerada a bebida dos Deuses.
No século XIV, na Espanha, passou a ser adoçado e a partir do século XVIII é que se iniciou o processo de industrialização do cacau, à princípio na Holanda, separando a manteiga do cacau da massa. Só aí que um suíço produtor de leite condensado resolveu fazer a mistura. Posteriormente, a manteiga de cacau foi sendo adicionada para conferir a textura e proporcionar as características de chocolate que estamos mais familiarizados.
No decorrer do tempo foram sendo criadas muitas opções de chocolates, sabores e origens diferentes. Como disse Dr. Marcondes Gomes (Sociedade Brasileira de Diabetes, 2010), o chocolate vem ultrapassando as necessidades compulsivas dos chocólatras e admiradores para se tornar objeto de estudos científicos. Alguns são conclusivos, outros não.
Mas, de qualquer forma, os flavonóides, que são antioxidantes, e dessa forma neutralizam os radicais livres, favorecem ou promovem um relaxamento dos vasos sanguíneos, diminuindo a pressão sanguínea. Também diminuem o LDL e aumentam o HDL.
Então qual é o problema? Pensem bem, o chocolate não é composto apenas de flavonóides. Além disso, existem várias classes de flavonóides. O chocolate ainda tem feniletilamina, cafeína, triptofano, gorduras, vitaminas, minerais e muitas vezes leite e gordura hidrogenada. Então essas outras substâncias, como o potássio por exemplo, poderiam estar influenciando nesses benefícios. Existem evidências de que o chocolate faz bem à saúde, mas daí a recomendar o consumo, depende de alguns fatores.
O chocolate branco, por não conter semente de cacau, parece não apresentar nenhum benefício à saúde. Os chocolates chamados “diet” não contém açúcar, mas têm mais gordura, além de sorbitol e manitol, que podem muitas vezes causar distúrbios gastrointestinais.
Pois bem, o chocolate ao leite possui 11 a 30% de derivados do cacau, o restante é leite integral, açúcar, gorduras, etc. Portanto, essa classe de chocolates se torna mais calórica, além de ter pouco flavonóides e o efeito benéfico desses s acabam sendo reduzidos pelo leite.
Outra classe de chocolates é a do chocolate amargo, que ainda se divide em:
Extra amargo – com 75 a 85% de cacau
Amargo – com 50 a 75% e
Meio amargo – com 35 a 50% de cacau.
Ou seja, para trazer benefícios temos que avaliar a % de cacau, que não tenha leite na formulação, não ingerir esse chocolate com leite, consumir em pequenas quantidades (alguns estudos citam em não mais que 25 g). Lembrar ainda, que as calorias do chocolate devem ser substituídas, ou melhor, eliminadas das refeições.
Nenhuma sociedade científica recomenda o consumo regular de chocolate. São necessários mais estudos para se definir doses recomendadas.
Aos apreciadores, seguir as dicas acima, ingerindo um tempo após a refeição. E se quiser mais, que seja acompanhado uma comida mediterrânea, com uma taça de um bom vinho tinto e depois, uma xícara de chá verde.
É isso aí, boa sorte e sem exageros.
Maria Alice Maciel – Nutricionista
Fonte da imagem: http://www.callebaut.com
A matéria está ótima!!
Adoro chocolate!
Chocolate a gente come para sentir prazer, não é mesmo?
E não faz mal, basta não abusar.
Aliás, como tudo na vida.
Certo, Maria Alice?
Beijo grande!