A doçura da Vanilla.
O perfume da baunilha envolve os sentidos com uma doçura floral.
Orquidácea da América tropical, foi descoberta em 1571 e chegou à Europa no século XVI, levada pelos espanhóis. Na realidade, é uma das mais novas especiarias adotadas pela cozinha européia. As hastes da baunilha são uma liana gigante, que pode atingir até 100 m. A fava, parte perfumada, é alongada e tem mais de 10 cm de comprimento. Depois de colhida é posta para secar, adquirindo então sua cor negra e brilhante. Só depois de seca, exala o aroma característico.
A Vanilla planifolia, a mais conhecida, prospera também na África e no Taiti. Apenas as melhores favas são destinadas à cozinha. Em preço, só fica atrás do açafrão.
As favas úmidas e rechonchudas necessitam de embalagens herméticas. É comum encontrarmos em pequenos tubos de ensaio ou embalagens à vácuo. Para a utilização, devemos fazer um corte longutudinal, com o auxílio de uma pequena faca ou uma tesoura. Depois é possível abrir a fava e raspar as minúsculas e numerosas sementes para usar em diversas preparações.

Como a baunilha é normalmente utilizada em doces, associamos seu sabor a estes. Porém, baunilha não é doce. Podemos utilizar para aromatizar pratos salgados também. Um peixe acompanhado de um molho à base de manteiga e baunilha é um prato dos Deuses.
A parte rígida, a casca, pode ser processada com açúcar. Desta maneira, você obterá o verdadeiro “Açúcar de Baunilha”.

Depois que você utiliza a baunilha em favas e sente o aroma penetrante deste ingrediente único, é quase impossível usar algum substituto. Favas de baunilha são uma das maravilhas da Gastronomia.
Fonte: 1001 comidas para provar antes de morrer – Editora Geral – Francis Case
Pequeno Dicionário de Gastronomia – Maria Lúcia Gomensoro