Uma semente fantástica.

Nossa Nutricionista, Maria Alice Maciel, nos fala sobre a linhaça.

Dessa vez vamos conversar um pouco sobre a tão falada linhaça, um tema muito discutido ultimamente. Afinal, o que é essa tal de linhaça?

Linhaça é a semente do linho (linum usitatissimum), que é uma planta da família das Lináceas (muito usado na indústria têxtil). Tem sido muito utilizada na culinária, mas também na indústria de cosméticos, tintas e farmácias de manipulação. Da semente da linhaça se extrai o óleo, que é rico em ômega 3, ômega 6 e ômega 9, sendo considerado também como funcional, já que trás benefícios à saúde.

Além dos ácidos graxos essenciais, a linhaça também é uma fonte rica em ácido fólico, vitamina B1, B2, B6, C, E, caroteno, cálcio, fósforo, potássio, ferro, manganês, zinco, proteínas, carboidratos e fibras, tanto solúveis, como principalmente insolúveis.

Especificamente sobre as fibras, as insolúveis são resistentes e pouco fermentáveis, dão volume e fluidez ao bolo fecal e diminuem o tempo de trânsito intestinal. A maior parte das fibras da linhaça são desse tipo.

Já as fibras solúveis retardam o esvaziamento gástrico e o tempo de trânsito intestinal e absorvem glicose e colesterol. A linhaça também tem esse tipo de fibra. A recomendação de ingestão de fibras é de 25 a 30 g por dia.

Com toda essa composição, não é de admirar que a linhaça apresente inúmeras propriedades, desde a proteção cardiovascular ao bom funcionamento intestinal, não esquecendo que ajuda no controle do colesterol e da glicemia.

Muitos estudos tem sido feitos, alguns resultados são significantes, outros não, mas de qualquer maneira recomenda-se o uso da linhaça, em especial aos diabéticos.

Mas como deve ser usada? Primeiro, quem não está acostumado com um teor maior de fibras na dieta, deve começar com pouca quantidade, mas de maneira contínua. Conseguindo chegar a uma colher de sopa ao dia,  já é bastante interessante. O uso em excesso também pode trazer conseqüências como distúrbios gastrointestinais, desconforto abdominal e, para quem faz uso de medicamento, a linhaça pode diminuir sua absorção.

A linhaça pode ser em forma de semente, pó, óleo ou cápsulas, sendo que estes últimos só possuem a porção gordurosa, portanto basicamente ômega 3, 6 e 9. A linhaça em pó pode ser marrom ou dourada, não há grande diferença de composição entre elas, apenas a dourada tem sabor mais suave.

Você também  pode ingerir a linhaça inserida nas preparações, existem vários tipos de pães e produtos de panificação com um certo teor de linhaça. Ou então misturar em sucos, iogurtes, frapês, por cima de frutas ou mesmo misturar no feijão, em um arroz colorido, farofa, ou quem sabe em um molho para salada.

Uma sugestão: um iogurte natural, pedaços de mamão e 1 colher (sobremesa) de linhaça em pó.

Existem muitas receitas com linhaça, mas nada impede que você crie as suas. Vamos lá, anime-se, crie suas receitas e descubra as maravilhas dessa semente. Lembre-se que o interessante é usar continuamente para atingir os resultados desejados.

ATÉ A PRÓXIMA…

Maria Alice Maciel   –   Nutricionista

Orlando Baumel

Chef de Cozinha, músico e sócio do site junto com a Carol. Casado, pai de 3 lindas garotas.

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