Na pressão!
Fal Azevedo, sempre emocionante!
Under pressure
A Zel e o Fernando formam meu casal favorito em todo o universo. Sou apaixonada por eles. Eles são fofos e queridos e, o que os faz esse casal maravilhoso, são bons e leais um com o outro.
Além do mais, eles são engraçadíssimos. Separados são engraçados, mas juntos, são imbatíveis.
É uma dupla de vaudeville
E são generosos. Tão generosos eu não apenas não negam receitas aos amigos (gente que esconde receita é o fim) como ainda me deixaram roubar e re-formatar um texto delicioso que fizeram sobre a panela de pressão.
Adorei que eles tivessem pensado em falar sobre elas, porque, ah…eu sempre tive medo dela. Sempre. Minha mente minúscula e confusa, que conta apenas com dois neurônios, Antão e Peixoto, está cheia de lendas urbanas e de histórias sobre panelas de pressão que explodiram, levando com elas fogões, janelas, tetos, paredes azulejadas e os rostos de muitos cozinheiros desatentos.
Aborígene desconfiada que sou, tenho pavor das panelas de pressão. Uso, mas tenho medo. E não fico na cozinha enquanto minha panela de pressão trabalha, de jeito nenhum.
Mas Zel e Fernando, criativos e muito mais talentosos que eu, advertem que panelas de pressão não mordem e nem fazem mal à saúde, desde que a borrachinha circular que veda a tampa esteja em ótimo estado e que a válvula esteja sempre limpa, para não entupir.
Meus bons amigos também alertam para o fato de que para abri-la, a criatura carece de ter certo cuidado e esperar a pressão aliviar ANTES de tentar abrir a panela.
UMA RECEITA MACHA
Zel e Fernando usam sua sempre, em várias receitas, mas em especial nessa receita aqui.
“Receita homem”, ressalta o Fer. “Homem macho”, completa. E já que é uma receita macho, não convêm escrevê-la como uma mulherzinha. Sigo, pois, as instruções do Fer.
Ingredientes:
– Costela de ripa com osso, suficiente para 2 ou 3 camadas na sua panela de pressão.
– Lingüiça porco, para 2 ou 3 camadas
(A Zel avisa que é assim mesmo, não dá para dar uma medida exata e que, após darmos uma avaliada em nossas panelas, devemos comprar as carnes por volume e não por peso)
Como fazer:
Bão, o Fer manda que façamos um “castelinho dentro da panela de pressão “.
O que quer dizer que alternaremos camadas de costela e lingüiça.
Importante: antes de colocar a lingüiça na panela, fure os gomos, delicadamente.
A primeira camada deve ser costela, com o osso para baixo. Daí, vá subindo: linguiça, costela, linguiça, costela…até o limite da sua panela de pressão (a maioria das panelas de pressão tem gravados por dentro, qual é o limite de comida que pode ser posta nela. Respeite o limite).
Camadas feitas, feche a e taque no fogo médio.
Como assim?
Sem sal, sem água, sem óleo?
É, criatura de pouca fé.
Sem sal, sem água, sem óleo. Sem temperinho. Sem azeite.
Tenha fé.
O Fer ainda avisa:
“Nosso objetivo principal é não explodir o fogão nem pulverizar nano-pedaços de carne pela cozinha. Assim, pois uns 15 minutos, comece a testar se a válvula está funcionando, levantando um pouco com o garfo. Se depois de meia hora no fogo, a panela de pressão ainda não estiver fazendo ‘pshhhhh’ quando você levantar a válvula, aborte a missão e peça uma pizza”.
A Zel diz que as carnes ficam perfeitas, que a costela quase derrete e que como acompanhamento vai o básico: arroz soltinho e saladinha.
Como assim, Fal, quanto tempo de cozimento? A lingüiça é daquelas de churrasco?
Bjs 🙂