Índice de Massa Corporal.
A Nutricionista Maria Alice Maciel nos fala um pouco sobre IMC.
Índice de Quetelet, Body Mass Index.
Em 1822, o astrônomo, estatístico, sociólogo belga Lambert Adolphe Jacques Quetelet (1796-1874) defendeu o conceito de homem médio como valor das medidas agrupadas de acordo com a curva normal e criou esse indicador calculado a partir do peso e altura do indivíduo. Ou seja, ele constatou que o peso de indivíduos adultos era proporcional ao quadrado da estatura.
Vantagens – fácil, barato (custo-efetivo), prático, rápido, objetivo, aceito e indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O aumento desse índice se correlaciona positivamente com o aumento do risco de doença cardiovascular (Lima,F. e Azevedo,V, 2006). Em razão de suas vantagens, o cálculo do IMC é muito aceito e usado em estudos epidemiológicos.
Limitações – calcula peso em relação à altura, sem considerar massa magra e composição corporal. Pode, portanto, superestimar a gordura em indivíduos com mais tecido muscular (atletas).
Podem ainda, haver diferenças raciais e étnicas. Para crianças e adolescentes é necessário comparar com tabelas de percentil de IMC por idade e sexo e para idosos os pontos de corte devem ser distintos conforme Lipschitz, 1994 (SISVAN).
Adriane Cervi e col. citam em seu artigo as limitações enumeradas por Garn: a correlação com a estatura (apesar de ser baixa, é significativa).
A correlação com a massa livre de gordura, principalmente nos homens e a influência da proporcionalidade corporal (relação tamanho das pernas/tronco) referindo-se ao indivíduo com menor comprimento de perna que tem um IMC maior.
Ricardo e colaboradores em 2002 (Arq Bras Cardiol) elaboraram um quadro com fatores que afetam a validade do IMC por vários autores.
Como se sabe, o IMC é calculado pela divisão do peso corporal em quilograma pelo quadrado da estatura em metros. Veja abaixo a classificação (OMS):
< 16 – magreza grau III
16 – 16,9 – magreza grau II
17 – 18,4 – magreza grau I (abaixo do peso)
18,5 – 24,9 – eutrófico (peso normal)
25 – 29,9 – sobrepeso
30 – 34,9 – obesidade grau I
35 – 39,9 – obesidade grau II (severa)
> 40 – obesidade grau II (mórbida)
A tabela proposta por Lipschitz para idosos é a seguinte:
< 22 – baixo peso
22 – 27 – peso normal
> 27 – excesso de peso (sobrepeso)
Muitas são as publicações sobre IMC, temos que verificar nosso objetivo; se esse for avaliação nutricional, deve-se usar mais de um indicador. Sabe-se que não existe um só parâmetro que, isoladamente vá nos dar um diagnóstico nutricional.
De qualquer forma é bom manter o IMC “em dia”, é claro que junto com uma alimentação saudável, exercícios físicos, bom sono, e tal, e tal, e tal…
Maria Alice Maciel – Nutricionista
Olá Maria e Orlando.
Parabéns pelo blog. Que me desculpe o sociólogo belga Lambert mas aproveito para dar meu tempero de engenheiro comentando que o cálculo do IMC citado na matéria “IMC”, apesar de ser utilizado por todos profissionais da área, é equivocado.
O correto é dividir o peso pelo cubo da estatura e não pelo quadrado. Obviamente que as referências devem ser corrigidas. Calculando-se desta maneira as discrepâncias que ocorrem entre pessoas de estaturas diferentes e até mesmo entre adultos e crianças diminuem consideravelmente. Abraços.
gostaria de emagrecer ais não consigo hoje estou tomando furosemida parece que desinchou um pouco mais a balança continua 100 kg quando vem a fome se não comer at e vomito pode me ajudar