Quem disse que não temos oliveiras no Brasil?
Esta quarta feira acontece uma das datas mais aguardadas pelos produtores de oliveiras do Rio Grande do Sul. A Abertura Oficial da Colheita da Oliva acontece hoje, dia 15 de março, em uma das propriedades da Tecnoplanta, empresa que produz o azeite de oliva extra virgem Prosperato, no km 332 da BR 290, em São Sepé, a cerca de 260 km de Porto Alegre. O evento, que deverá contar com a presença do governador José Ivo Sartori tem previsão de início para 16 horas.
Realizada pela primeira vez em 2012, quando a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio instituiu a Câmara Setorial da Olivicultura e a Abertura Oficial da Colheita, o evento valoriza e incentiva a plantação de oliveiras no Estado. Em sua 6ª edição, o coordenador da Câmara, Paulo Lipp, comemora a expansão do plantio: “temos um crescimento, em média, de 400 hectares por ano de novas áreas espalhadas pelo Rio Grande do Sul”.
Segundo Lipp, o Estado tem cerca de dois mil hectares de área total plantada, por aproximadamente 160 produtores, especialmente em municípios da Metade Sul, sendo que 30% está em fase de colheita. “A maioria ainda passa pela fase de formação das plantas. Mas, apesar do avanço que vem ocorrendo, a área plantada e a produção ainda representam pouco perto da demanda existente no mercado brasileiro”, comenta.
A perspectiva mostra que o RS é o estado brasileiro com maior potencial de expansão do cultivo da oliveira e, consequentemente, da produção de azeite e de azeitonas em conserva. No Estado existem atualmente oito indústrias de azeite de oliva e 13 marcas, com a possibilidade de ter mais duas até o fim do ano.
A Tecnoplanta, que possui cerca de 300 hectares próprios e outros 570 hectares de clientes e produtores parceiros, representando um terço da produção do Estado, foi escolhida pela segunda vez consecutiva e terceira ao longo de todo tempo para sediar a abertura.
Para a safra 2017, a empresa trará seus dois tipos de Prosperato. Um deles é o blend, resultado das frutas de varieadades Arbequina e Arbosana, e o outro é o monovarietal, da espécie Koroneiki. Além destas variedades, a equipe da empresa irá elaborar outros azeites das variedades Picual, Frantoio, Galega e Coratina em pequena escala.
Segundo Rafael Marchetti, sócio da Tecnoplanta, a expectativa para o ano é boa e deve repetir a produção do ano passado, quando cerca de 100 toneladas de frutas resultaram em 15 mil litros de azeite de oliva extra virgem. “Investimos muito em tecnologia para extração das frutas, um dos motivos pelo qual fomos escolhidos para sediar o evento.”
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