Espanha.
Laura Reinas nos fala um pouco sobre a Espanha de Gaudí.
Espanha, Gaudí e as oliveiras
Barcelona de Antoni Gaudí tem um clima especial, não sabemos se isso se deve aos prédios desenhados por Gaudí, ou mesmo a tudo ao seu redor que inspira à imaginação de dia ou de noite.
Gaudí foi um grande arquiteto e artista espanhol que se inspirou na natureza para a maioria de suas obras, entre elas especialmente a ainda inacabada Igreja da Sagrada Família.
Como foi uma criança com reumatismo não brincava com os outros nas ruas, então para não ficar entediado dentro de casa, sua mãe o levava para passeios ao ar livre em bosques e parques. Nesses passeios Gaudí entrava em contato com a natureza que o inspirava e o acolhia.
As árvores ao seu redor eram entre elas a oliveira, grande fonte de inspiração para seus trabalhos.
A presença de oliveiras na Europa não tem uma data exata, mas estudos e pesquisas comprovam que existem a milhares de anos para seu óleo ser usado como moeda de troca no comércio marítimo.
O azeite e as oliveiras estão muito presente na civilização espanhola, como exemplo temos o nome da cidade de Córdoba, que tem origem da palavra corteba, do fenício ‘moinho de azeite’, segundo o filosofo e filólogo Samuel Bochart.
Quando começou a industrialização do azeite, precisamente no séc. XVI começavam a modernizar esse método também, melhorando seus métodos de extração e armazenamento.
Com tanta exploração e venda suas oliveiras ficaram um pouco fracas e a Espanha precisou importar muito óleo de girassol e de outras sementes vegetais para suprir a própria necessidade no séc. XX durante a ditadura francesa.
Após muitas pesquisas e cuidados, a Espanha voltou a produzir azeite de boa qualidade.
Suas regiões de maior produção são:
Andaluzia, uma das regiões com maior história e patrimônio monumental de todo o mediterrâneo;
Aragon, conhecida pelo rio Ebro e seu celebre nome de oleum flumen (o rio de azeite);
Ilhas Baleares, arquipélago estrategicamente posicionado facilitando a chegada de novas culturas e clima propício por estar no centro do Mediterrâneo ocidental;
Castillla-La Mancha, coração da península ibérica e com plantações continentais, obrigadas a suportar o frio;
Cataluña, um dos primeiros locais do ocidente a explorar a oliveira; Estremadura, com azeites extremamente aromáticos que podem ser considerados um dos melhores do mediterrâneo;
País Valenciano, território de produção de azeites de ótima qualidade, conseqüência sem duvida da influência islâmica sociocultural.
Laura Reinas